Paralisada pelo rápido avanço do coronavírus, Nova York deixou de ser “a cidade que nunca dorme” para se tornar um epicentro silencioso e irreconhecível da pandemia nos Estados Unidos, esperando pelo pior.
O número de casos confirmados de Covid-19, a doença causada pelo vírus, no Estado de Nova York subiu para 20.885 na última segunda-feira (23 de março), 4 mil a mais do que no dia anterior, quase metade dos registrados nos EUA e 5,6% do total mundial.
Seis em cada dez pessoas infectadas estão na cidade de Nova York, que tem 40% a mais de casos per capita do que a Itália, o país com mais mortes pelo vírus e o segundo com o maior número de infecções registradas após a China.
Até segunda-feira, a pandemia já havia ceifado a vida de 99 pessoas.
O governo do Estado aumentou gradualmente as restrições para diminuir a onda de contágio, com o fechamento de escolas, restaurantes e outras lojas, e pediu à população local que ficasse em casa.
Essas medidas esvaziaram e silenciaram as ruas da cidade dos arranha-céus, mas ainda parecem estar longe de atingir seu objetivo, enquanto as autoridades alertam que as perspectivas são sombrias.